Em busca da felicidade, somos adolescentes em evolução!

A idéia de que a vida é mais do que a busca de sensações positivas não é nova. Ao escrever que a felicidade é o motivo por trás de todas as razões humanas, Aristóteles não defendia viver apenas em busca de emoções positivas e prazeres. Para o filósofo grego, ser feliz era praticar a virtude.
Perceba, quando questionamos pais sobre  seu desejo para com os filhos:
A resposta de qualquer pai ou mãe, questionado sobre o que deseja para os filhos, está sempre na ponta da língua: “Só quero que sejam felizes”.
A frase não deixa dúvidas de que, numa sociedade moderna, livre de muitas das restrições morais e culturais do passado, a felicidade é vista como a maior realização de um indivíduo.
Até governos nacionais se viram na obrigação de fazer algo a respeito. Neste ano, a China e o Reino Unido anunciaram a intenção de medir o grau de felicidade de seus habitantes.
Os governantes, espera-se, querem o melhor para seu país, assim como os pais querem o melhor para seus filhos.
Mas a ambição de sempre colocar um sorriso no rosto pode ter um efeito contrário. A pressão por ser feliz, condição nada fácil de ser definida, pode acabar reduzindo as chances de as pessoas viverem bem. “Quero que meus filhos sejam felizes, mas também que encontrem um propósito e conquistem seus objetivos”, diz o americano Martin Seligman, considerado o mestre da psicologia positiva. Depois de estudar a busca da felicidade por mais de 20 anos, ele afirma ser tolice elegê-la como a única ambição na vida.

Seligman reviu suas teorias e concluiu que é preciso relativizar a importância das emoções positivas.
 “Perseguir apenas a felicidade é enganoso”,
Segundo ele, a felicidade pode tornar a vida um pouco mais agradável. E só. Em seu lugar, o ser humano deveria buscar um objetivo mais simples e fácil de ser contemplado:  o bem-estar.
As emoções negativas, embora desagradáveis, podem servir de alerta para o indivíduo de que há um problema que precisa ser resolvido ou prepará-lo para experiências futuras. Como uma espécie de teste, elas parecem desafiar nossos planos de viver bem.
Histórias mostram que o bem-estar pode ser alcançado mesmo diante de privações, desgastes, tragédias e mudanças, numa jornada que depende, essencialmente, de nós mesmos. Os brasileiros parecem concordar com a idéia. Uma pesquisa inédita  encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelou que 61% acreditam que sua felicidade depende de si mesmos.  
“Os otimistas são mais esperançosos, resilientes, saudáveis e têm um desempenho melhor do que o esperado no trabalho, na escola e nas relações “Eles pensam que os efeitos das dificuldades são temporários, e suas causas, específicas, delimitadas. E que a realidade é mutável.”
Mude, estabeleça metas e objetivos claros, aprenda a viver bem, valorize seus pontos fortes, enfrente os desafios e alcançe o sucesso e a vitória, pode ser inglório e duro, mas as pessoas continuam a trilhá-lo, pela compensação de atingir seus objetivos. A realização depende do engajamento, traz emoções positivas e pode
dar um sentido à vida!

Faça o direcionamento de vida e carreira, com o processo de Coaching, entre em contato!

fonte: revista Época
27/05/2011
O mito da felicidade
LETÍCIA SORG. COM JULIANA ELIAS